sexta-feira, julho 28, 2006

É até cair para o lado!

quarta-feira, julho 26, 2006

Ajudem


Porque os animais são uma das melhores coisas do mundo... -> http://www.uniaozoofila.org/

:P


Neste último ano deixei-me arrastar, deixei-me cair em mim. Deixei-me levar por sonhos e desilusões. Deixei de viver a vida e passei a deixar o tempo passar por mim.
Mas pude aprender ou re-aprender muito. Aperceber-me de que há pessoas que estão sempre lá para mim (e eu sempre soube) mas também o inverso, que nem todas as pessoas com que contava se dispuseram a ajudar. Por outro lado, ganhei novas pessoas na minha vida e isso é muito mais importante do que tudo o resto.

Aprendi a rir-me de mim quando choro. A olhar-me no espelho e rir-me da cara ridícula que faço quando choro. Fico tão feio... lol

Houve dias em que julguei ter perdido o sorriso. Houve dias em que nada fazia sentido. Houve dias em que me sentia completamente sozinho. Agora há apenas momentos, cada vez menores. Apercebi-me de que consigo sorrir, mesmo quando estou todo fodido. Que consigo ter sentido de humor, mesmo que seja negro ou estúpido. Apercebi-me de que tenho mil mãos a puxar-me para cima.

A pessoa pior em que me tornei vai desaparecendo e dando a vez à pessoa que eu era. Eu quero voltar a viver os dias. Quero voltar a rir por tudo e por nada. Quero re-aprender a brincar. E quero fazer-vos sorrir, a todos, todos os dias. Eu não tenho tudo o que preciso para ser feliz mas tenho muito mais que a maioria das pessoas. Sou livre, sou jovem, tenho estabilidade económica e tenho-vos a vocês, meus Amigos!

Agora quero continuar a aproveitar os momentos de fuga à rotina. E quero, dia após dia, sorrir cada vez mais :o)

Quando te encontrar quero estar a sorrir e fazer-te sorrir também.

Humus


Para quem ainda não conhece, apresento-vos hoje uma banda recente de uns grandes amigos meus. São os Humus. Com influências de Dave Matthews Band ou Pink Floyd, estão no começo mas apresentam já grande qualidade. Para apreciadores de boa música deixo-vos aqui o link para 3 videos que gravei (no último fikei sem memória no cartão mas só faltam 20 segundos...). De notar que foi a 2ª vez que tocaram ao vivo... Apesar de algum nervosismo e muito pouca experiência em palco, acho que se safaram muito bem ;o)

Dark Side of My Dreams -> http://www.youtube.com/watch?v=hO7Z5Lp5_Xg

Peace & Humus -> http://www.youtube.com/watch?v=8xzSiqTLJKQ

Concrete Walls -> http://www.youtube.com/watch?v=8BFKsAnuoeY

Aproveito ainda para lhes desejar a maior das sortes e que continuem no bom caminho que iniciaram!

terça-feira, julho 25, 2006

I should have met you before

The 80's - David Fonseca

you saw me sitting on the corner
and you just sat there right next to me
you asked me "are you felling lonely?"
well, loneliness is just a word, you see

I came here just for the music,
for all the things that it makes me feel
how could you exorcise my demons,
to bury those days when only a thing was real.

treat me right,
my dreams will come true tonight,
come with me, set me free, be alright

I should have met you in the 80's
back when I was the dance floor queen
maybe you think that I'm too old for dancing
you should have met me when I was 16

dance, dance, dance you know what I mean
dance, dance, dance like you were 16.

tonight I'm drinking this so sober
'till I see what I want to see.
a few more drinks and you will be the perfect lover
you will be the one that I truly believe.

that is right,
my dreams will come true tonight,
come with me, set me free, be alright.

I should have met you in the 80's
back when I was the dance floor queen
maybe you think that I'm too old for dancing
you should have met me when I was 16

dance, dance, dance like you were 16
dance, dance, dance you know what I mean...

I should have met you in the 80's
back when I was the dance floor queen
maybe you think that I'm too old for dancing,
you should have met me...I should have kissed you...

I should have kissed you in the 80's
back when I was young and free
maybe you think that I'm too old for loving
well tonight I'll make you love me

dance, dance, dance like you were 16
dance, dance, dance you know what I mean.
dance, dance, dance like I was 16
dance, dance, dance you know what I mean.
dance, dance, dance oh set me free
dance, dance, dance like I was 16.

sábado, julho 22, 2006

Assim vale a pena!

São quase 6h da manhã. Acabei de chegar a casa. Muitos quilómetros percorridos, mta música ouvida, mtas gargalhadas soltas, quase 40h seguidas sem dormir... Há dias e noites em que me deito e penso "valeu a pena o sacrificio!". E valeu mesmo :P Vou para a cama estoirado mas a sorrir.

Não é todos os dias que se ouve a rádio da IURD em altos berros às 23h30 em pleno Porto com as janelas do carro todas abertas.
Não é todos os dias que se tem um jantar como nós tivemos em que tudo é motivo para a maluqueira (até o gajo da caixa se virou pra mim e começou "Ó sotor...sotor. Ó sotor... sotor" como se ele fizesse também já parte da nossa maluqueira). Fora tudo o que foi acontecendo durante o jantar (grunhidos, a escolha hilariante dos pratos de cada um, o gelo pras colas...).
Não todos os dias que se passa o tempo todo a rir...

Não é todos os dias que se está com pessoas que nos dizem tanto e que nos são tão importantes...

Adorei a noite, quando é a próxima? ;o)

quinta-feira, julho 20, 2006

Spinning Walls

Spinning Walls

Feel so right now
Feel so right now
Nothing here is meant to last
Feel so bright now
Feel so bright now

It’s funny how
It’s funny how…
How the walls spin
When I’m not dreaming
How the walls spin
When you’re screaming
How the walls spin
How the walls spin

No one else can hold you
Like I do
No one else
No one else can love you
The way I do
No one else

It’s in the fire
Burning your body
It’s in the fire
Creaming your belly
My blood is lava
My blood is lava
My blood is lava

And the walls spin
More than you’re seeing
And the walls spin
With every feeling
And the walls spin
And the walls spin

And you cannot forget ‘cos you cannot deny
The way you need the fire touching your skin
And you cannot forget ‘cos you cannot deny
The way you need the fire touching your lips
And you cannot forget ‘cos you cannot deny
The way you bleed without my fire
When the walls spin
When the walls spin
When the walls spin

quarta-feira, julho 19, 2006

Blank page

Hoje finalmente tive coragem de assumir para mim mesmo algo que andava a sentir há algum tempo: neste momento não há ninguém que eu realmente Ame. Tenho em mim vários sentimentos mas nenhum deles corresponde a Amor. Já não me sentia assim vazio há muito tempo. É tão estranho! Não é que não goste ou não sinta atracção por ninguém. Nada disso. Há em mim os mais variados sentimentos. Desde um gostar muito forte (que já foi Amor mas que se perdeu - "quando não há amor de volta nada impede a fonte de secar") que já não chega para me fazer acreditar, a atracções várias mas sem que mexam comigo o suficiente.

Não há ninguém neste momento por quem eu fosse capaz de lutar. Talvez por sentir que não estou disposto a lutar por ninguém e que é altura de voltarem a lutar por mim. Talvez por não estar disposto novamente a dar-me sem receber primeiro, sem me sentir totalmente seguro do que estou a receber. E com isto não quero dizer que não fosse capaz de arriscar ser feliz com alguém que me desse a segurança necessária. Sim, era capaz de arriscar. Quando? Talvez mais cedo do que eu próprio queira admitir para mim mesmo.

Sou uma página em branco à espera que alguém consiga escrever "Amor" e "Felicidade" no seu topo.

Nóia

Vivemos num mundo em que desde pequenos tudo à nossa volta nos faz crescer a acreditar no Amor perfeito. São os filmes, as novelas, os livros, as músicas, tudo, tudo, tudo. Acabamos por nos convencer que é assim realmente o Amor, como nos filmes e nos livros. Que basta conhecermos a pessoa amada e pronto, está garantido o final feliz. Aqui e ali há filmes e livros que nos tentam avisar de que não é bem assim... Mas como são tão poucos no meio disto tudo, acabam por não chegar para nos mentalizar sobre o que é realmente esta história de relações e sentimentos.
Quem nos avisa de que se nos dermos totalmente o mais provável é o outro deixar de sentir o mesmo por nós pelo simples facto de se sentir demasiado seguro e acabar por perder o interesse uma vez que "já não há luta"? E quem avisa o outro lado de que quando vir que nos perdeu para outra pessoa é que se vai aperceber de que nós éramos tudo o que queria? Quem perde tempo a explicar-nos que a pessoa certa para nós é aquela que conjuga "química" com "dedicação" e que pessoas dessas há milhares no mundo? Quem nos avisa de que a insegurança destrói tudo, até o mais forte dos sentimentos?
Uma relação só se mantém havendo equilibrio no dar e receber. Embora haja sempre um lado que dá mais, quando o desnível atinge determinado ponto tudo se desmorona. Em relações de desnível basta surgir um factor externo (outra pessoa) que disperte interesse num dos lados e puff, foi-se a relação.
A pessoa certa para nós é a que concentra em si mais qualidades que procuramos em alguém. É aquela por quem sentimos atracção e desejo mas que para além disso nos faz sentir amados. É aquela com quem conseguimos falar de tudo. É aquela que nos surpreende, que telefona só para dizer o quanto gosta de nós, que está lá quando precisamos. É aquela de quem mais sentimos a falta quando tudo desaba à nossa volta, aquela que nos deixa adormecer nos seus braços quando estamos exaustos, aquela que não se limita a palavras...

Há quem fale em Destino, almas-gémeas, Amor verdadeiro... Tudo tretas. O Amor é uma guerra, uma luta constante. E é sempre uma questão de tempo até que a aparente paz de uma relação seja atingida por um soco de realidade. É sempre uma questão de tempo até que alguém acorde um dia e pense "É isto que eu quero?". E tudo isto porquê? Porque para nós o Amor tem que ser como nos filmes e procuramos incessantemente encontrá-lo, relação atrás de relação. E muitas vezes só nos mantemos no que temos, não por achar que o que temos é o Amor dos filmes, mas por não vermos à nossa volta oportunidade de mudar.

E após isto tudo poderia parecer que estou desiludido, que não acredito em Amor eterno. Mas não... Eu acredito e sonho com isso e é esse acreditar que me faz dar sem limites. A esperança é a última a morrer.

segunda-feira, julho 17, 2006

Who remembers?


Dartacão

Eram uma vez os três
Os famosos moscãoteiros
Do pequeno Dartacão
Tão bons companheiros


Os melhores amigos são
Os três moscãoteiros
Quando em aventuras vão
São sempre os primeiros


Quando eles vão combater
Já não há rival algum
O seu lema é um por todos
E todos por um


O amor de Julieta
É o Dartacão
E ela é a predileta
Do seu coração


Dartacão, Dartacão
Correndo grandes perigos
Dartacão, Dartacão
Perseguem os bandidos
Dartacão, Dartacão
E os três moscãoteiros longe
Vão chegar


Dartacão, Dartacão
És tu e os teus amigos
Dartacão, Dartacão
Em jogos divertidos
Dartacão, Dartacão
Vocês são moscãoteiros
A lutar

Snap


This is Love - PJ Harvey

I can't believe that life's so complex
When I just want to sit here and watch you undress
I can't believe that life's so complex
When I just want to sit here and watch you undress

This is love, this is love
That I'm feeling
This is love, this is love
That I'm feeling
This is love
That I'm feeling

Does it have to be a life full of dread
I wanna chase you round the table, I wanna touch your head
Does it have to be a life full of dread
I wanna chase you round the table, I wanna touch your head

This is love, this is love
That I'm feeling
This is love, this is love
That I'm feeling
This is love
That I'm feeling

I can't believe that the axis turns on suffering
When you taste so good
I can't believe that the axis turns on suffering
When my head burns

Love, love, love
That I'm feeling
This is love, this is love
That I'm feeling
This is love, love, love
That I'm feeling

Even in the summer
Even in the spring
You can never get too much of
A wonderful thing

You're the only story that I never told
You're my dirty little secret, wanna keep you so
You're the only story that never been told
You're my dirty little secret, wanna keep you so

Come on out, come on over, help me forget
Keep the walls from falling as they're tumbling in
Come on out, come on over, help me forget
Keep the walls from falling on me, tumbling in
Keep the walls from falling as they're tumbling in

This is love, this is love
That I'm feeling
This is love, this is love
That I'm feeling
This is love, this is love
That I'm feeling
This is love, love, love
That I'm feeling

domingo, julho 16, 2006

You are really cute

Descobri-te num dos meus momentos de maior tristeza, raiva e frustração. Descobri-te por acaso. E agora sempre que olho para ti parece-me que te conheço há tanto tempo... Não me és estranha. E tu dizes que sim, que talvez nos tenhamos encontrado há algum tempo. Mas eu não me lembro e tu também não. Mas é provável, partilhámos espaços comuns. Provavelmente cruzámo-nos várias vezes, passando indiferentes.
Eu olho para ti e fazes sentido. Olho para ti e confundes-me.
E em tão pouco tempo fazes-me ficar ansioso, à espera da tua resposta... O que vais dizer? Como o vais dizer? E que caminho se poderá abrir ou fechar em nós?

Everything happens for a reason

Soul Brothers and Sisters

Como é bom rir à gargalhada... Adoro os momentos em que não dizemos nada de jeito, em que tudo o que dizemos não faz qualquer sentido. E rimos... rimos da estupidez daquilo que dizemos. E qualquer tentativa de ter uma conversa banal acaba por ser interrompida por uma qualquer frase sem sentido que nos volta a pôr no caminho das conversas hilariantemente estúpidas. E rimos... rimos tanto! Rimos até a barriga doer, até nos faltar o ar, até chorarmos de tanto rir. E é tão bom... É tão bom rir. É tão bom rirmo-nos de nós. É tão bom rir assim...
E quando conhecemos alguém que entra no jogo? Melhor ainda. Introduz o seu estilo de "nonsense", ideias novas e inovadoras de conversa sem sentido. Se é bom rir com velhos amigos, também é fascinantemente bom rir à gargalhada com alguém que acabámos de conhecer.

Tenho saudades... Saudades enormes de rir à gargalhada todos os dias. E nós riamos... Nós brincávamos todos os dias. E qualquer tristeza, qualquer coisa menos boa acabava por se diluir em nós, num ambiente de maluqueira contínua. Tudo era motivo para rir. Qualquer coisa insignificante era transformada por nós em algo incrivelmente cómico. Ao fim deste tempo todo ainda temos essa magia. Ainda temos esse poder de passar horas a rir sem motivo. Basta estarmos juntos. E isso é magnífico.

Rir é a melhor coisa do mundo.

sábado, julho 15, 2006

Hoje houve momentos em que consegui sentir-me tão bem e a sorrir de verdade. Obrigado ;o)

sexta-feira, julho 14, 2006

SOMA


Hoje disseste as palavras certas para me pores fora da tua vida para sempre. Hoje prometi a mim mesmo que não olho mais para trás. Esta é a última vez que escrevo sobre "nós". Mesmo que pense, mesmo que recorde, mesmo que me sinta tentado... Nunca mais vai haver um "nós". Esquece todo o Amor que te dei. Esquece tudo o que passámos juntos. Esquece todo o carinho e dedicação. Esquece tudo. As tuas palavras deram a machadada final num sentimento que já era moribundo. Hoje nasceu um muro entre nós que eu não vou nunca mais tentar quebrar. Apaga tudo o que te escrevi. Queima todas as cartas e cartões. Esconde ou destrói tudo o que te dei. Apaga-me de ti e da tua vida. É o que farei. Vou arrumar tudo o que me deste num saco e escondê-lo da vista para que não me faça lembrar que existes.

A partir de agora as palavras que leres aqui não serão nunca para ti ou sobre ti. Não te iludas nem duvides disso. Morreste em mim e eu agora quero apenas viver um luto saudável de ti. Tentei dar-te o melhor de mim mas tu fizeste-me ser uma pessoa pior com a insegurança que me deste, com os momentos em que me magoaste. Por tudo o que fiz eu merecia melhor. Eu merecia que tivesses acreditado em nós, que nos tivesses dado uma oportunidade.

Nunca mais vou partilhar contigo o que é meu. Hoje deixaste de ser especial. Hoje deixaste de fazer parte das pessoas com acesso aos meus sentimentos reais. Hoje deixaste de ser "Princesa" ou "Orelhuda" ou "Cromita". Hoje o teu sorriso é só mais um entre muitos. Hoje perdeste-me.
Tudo termina aqui, no fim desta frase, no próximo ponto final.
Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida

Bullet in my head

How the end always end - The Gift

Look at me
Here is my melody
It's not a symphony
Sounds like the end to me
Sounds like the time we spent
Sounds like the end... always end
Sounds like the time we kissed
Sounds like all good we missed
Sounds what it means to be
It's not a symphony
Sounds what it means to be
It's not a symphony
And every time
I lay down in my bed and rest down my head
I wait for the end
I don't know what I've yearned
Don't know what I've expected
Cause the end it's always the end

quinta-feira, julho 13, 2006

Roads

Há caminhos que me apetece seguir, só por seguir. Mesmo sabendo que não é neles que pretendo caminhar. Mas que é que ainda me impede de os seguir? Por que hesito podendo avançar? Não tenho nada a perder... a não ser a mim mesmo.
Sinto-me um rapaz guloso, rodeado de doces mas que insiste em beber uma limonada amarga. Sinto-me um copo quase a transbordar. Quem será a gota?

Nunca pensei sentir-me tão preso na minha liberdade. Um recluso sem celas, sem muros, sem grades. Preso no espaço aberto.

Há em mim motivos que não sei explicar. E no entanto cada vez mais me sinto tentado a pensar "Que se foda! Não tenho nada a perder"

Agarra-me na mão e faz-me andar no teu caminho que eu estou farto de me arrastar neste!

Lily, my one and only

Hoje vi o teu perfil. É tudo tão estranho... A maioria das tuas músicas favoritas fui eu quem tas deu a ouvir. Os teus livros preferidos fui eu quem tos aconselhou. Foi ao meu lado que viste todos os filmes que listas como "favoritos". É tão estranho ver partes de ti que sou eu. Ver-me em ti...
E depois parece q foi há tanto tempo (noutra encarnação?)... Como se a memória me falhasse. Será que sou eu que tenho medo de recordar? Estás perto mas tão estranhamente longe de mim. Parece que há mil muros no centimetro que nos separa. O teu significado morreu em mim. Olho-te friamente. Conversamos como velhos amigos mas ao mesmo tempo com uma distância fria e impessoal. Perdemo-nos e estes não somos nós, são somente sombras nossas a fingir ser pessoas, são somente outros "nós" a fingir ser "nós". Actores no nosso próprio papel. Quanto mais falamos mais sinto que não te conheço, que não sei quem és. E tanto em ti sou eu... E tanto em mim és tu... Ficámos presos para sempre naquele momento em que eu vim embora.

O tempo só tem uma direcção

quarta-feira, julho 12, 2006

Que bosta

Às vezes sinto-me mm um estúpido. Mas será que eu ainda não aprendi? Estarei a perder as minhas faculdades mentais? Mas para que é que eu ainda perco o meu tempo? Para que é que eu insisto? Para quê? Foda-se, devo andar mm a ficar burro!

terça-feira, julho 11, 2006

1986

Bizarre Love Triangle - New Order

Every time i think of you
I feel shot right through with a bolt of blue
It's no problem of mine but it's a problem I find
Living a life that I can't leave behind
There's no sense in telling me
The wisdom of a fool won't set you free
But that's the way that it goes
And it's what nobody knows
While every day my confusion grows

Every time I see you falling
I get down on my knees and pray
I'm waiting for that final moment
You'll say the words that I can't say

I feel fine and I feel good
I'm feeling like I never should
Whenever I get this way, I just don't know what to say
Why can't we be ourselves like we were yesterday
I'm not sure what this could mean
I don't think you're what you seem
I do admit to myself
That if I hurt someone else
Then I'll never see just what we're meant to be

Every time I see you falling
I get down on my knees and pray
I'm waiting for that final moment
You'll say the words that I can't say

Dúvida

Há alturas em que me dá mesmo vontade de fazer tudo para que sorrias, de ser ultra-querido, de me dar sem pensar. Mas quanto mais o faço mais duvido daquilo que faço e das razões por que o faço. Cada vez sei menos o que vai em mim.

domingo, julho 09, 2006

Current mood..

Tantas e tantas vezes que me sinto assim...

Tudo o que eu te dou - Pedro Abrunhosa

Eu não sei, que mais posso ser
um dia rei, outro dia sem comer
por vezes forte, coragem de leão
às vezes fraco assim é o coração
Eu não sei, que mais te posso dar
um dia jóias noutro dia o luar
gritos de dor, gritos de prazer
que um homem também chora
quando assim tem de ser

Foram tantas as noites
sem dormir
tantos quartos de hotel
amar e partir
promessas perdidas
escritas no ar
e logo ali eu sei...

Tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu sonhei
tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu te dou

Sentado na poltrona, beijas-me a pele morena
fazes aqueles truques que aprendeste no cinema
"Mais!"peço-te eu, já me sinto a viajar
Pára, recomeça, faz-me acreditar!
"Não!" dizes tu, e o teu olhar mentiu
enrolados pelo chão no abraço que se viu
é madrugada ou é alucinação
estrelas de mil cores ecstasy ou paixão
hum, esse odor, traz tanta saudade
mata-me de amor ou dá-me liberdade
deixa-me voar, cantar, adormecer

Tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu sonhei
tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu te dou

sábado, julho 08, 2006

Need an happy end to this film

A minha música favorita do álbum Film dos Gift. Provavelmente uma das músicas mais desconhecidas da banda... É extraordinariamente linda


Actress (AM-FM)

You're stuck at home, standing alone
This time you're choking with your words
Staring your face, faking an end
You act a dream that it's not yours
You pretend and perform, don't you ever stop trying

You were meant to be
You're suppose to be
The most happy girl in this whole world
You're a part of me
Don't you ever be
Far away from me in this whole world

Stop trying
Stop trying
Stop trying
Don't you ever stop trying

quinta-feira, julho 06, 2006

Hoje

Voltar (II)

Profundo…
É o sentimento que me traz o teu cheiro
E me faz viver
Cada último momento como se fosse o primeiro

Hoje eu vou fingir que não sei amar
Vou perder-me longe para me encontrar
Esquecer que existes, só para te lembrar
Ganhar asas e voar para me despenhar

Hoje eu vou partir para poder ficar
Respirar bem fundo para sufocar
Levar-me à vida para me matar
E os sonhos que sonhei
E os momentos que passei
Vão voltar
Vão voltar

Profundo…
O amanhecer no teu corpo como um destino perfeito
Num abraço tão certo
Tudo encaixa como um puzzle sem qualquer defeito

Hoje eu vou fugir para me deixar apanhar
Vou tirar-me de ti para me poder dar
Abrir bem os olhos para não olhar
E terminar tudo para recomeçar

Hoje eu vou fingir que não te sei amar
Deixar-me dormir para acordar
Para que o silêncio consiga gritar
E os sonhos que sonhei
E os momentos que passei
Vão voltar
Vão voltar

Hoje eu vou fingir que não és tu quem vejo
Hoje eu vou dar-me a um qualquer outro beijo
E os sonhos que mentir
E as lágrimas que sorrir
Vão mudar
Vão mudar

Apontamento


Margarida Pinto, a vocalista dos (ex?)Coldfinger lançou há uns tempitos o seu CD a solo de nome "Apontamento". Algumas letras resultam de poemas de Fernando Pessoa ("Apontamento" e "Não digas Nada" por ex.). Conta também com a colaboração de Pacman (DaWeasel) na música "Aviso-te".
É um CD bastante leve mas também de qualidade. Surpreende-me a cada nova vez que o ouço :o) A sonoridade é algo diferente de Coldfinger, aproximando-se mais do Jazz ou Pop e menos da electrónica.
Para quem não conhece aqui fica a sugestão, para mim uma das revelações nacionais deste Verão :P

quarta-feira, julho 05, 2006

Great News

"It's official, The Smashing Pumpkins are currently writing songs for their upcoming album, their first since 2000. no release date has yet been set, but the band plans to begin recording this summer. "
Billy Corgan

Que vive e morre em mim?

Sempre tive medo daqueles sonhos desconcertantes que nos marcam por nos fazerem pensar nas coisas de maneira diferente. Aqueles sonhos que revelam algo em nós que parecia escondido ou camuflado. Aqueles sonhos que parecem mensagens ocultas do nosso coração.

Esta noite, fiquei confuso após acordar de um sonho desses. Que vive e morre em mim?

segunda-feira, julho 03, 2006

You keep wasting life

A verdadeira felicidade é especial. Há pessoas que por mais que nos façam sentir bem nunca nos conseguirão fazer sentir realmente especiais. É como diz o ditado: "o bom é inimigo do óptimo". Se posso ter o óptimo para quê manter-me no bom?

Às vezes questiono-me se serei demasiado exigente com a vida. Mas não, não sou. Afinal só temos esta e o tempo é demasiado curto para o desperdiçarmos. Eu não me contento em estar bem, eu quero estar extraordinariamente bem. Não quero somente o conforto do hábito, a segurança da rotina. Quero ser feliz. Em todos os níveis, ao mais ínfimo pormenor.

Brazilian Valium

Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham a você.

Assim como o Oceano, só é belo com o luar
Assim como a Canção, só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem, só acontece se chover
Assim como o poeta, só é bem grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor, não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você!

Vinicius de Moraes
Viver não dói
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos,
por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.
Sofremos não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada
em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras
nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.
Carlos Drummond de Andrade

domingo, julho 02, 2006

Já não sei quem és para mim

Lembra-me de nós - Margarida Pinto

Já não sei quem és
Já não sei quem és para mim
Se não for demais, lembra-me de nós
Já não sei quem és
Já não sei que faço aqui
Se não for demais, lembra-me de nós

Talvez ele não tivesse dado tudo o que podia
Talvez ela não tivesse a certeza
Um dia sem esperar, um olhou o outro ao acordar despertou e
pensou para si:

Já não sei quem és
Já não sei que faço aqui
Se não for demais, lembra-me de nós

Quiseram os dois que não tivesse sido assim
Mas assim o escolheram
Ainda dormentes, no momento, disseram:

Lembra-me dos sitios onde andei, do que passei contigo
Lembra-me os momentos que guardei - não tenho lembranças

Lembra-me dos dias em que vivia por ti
Lembra-me as promessas que te fiz

Se não for demais, lembra-me de nós
Se não for demais, lembra-me de nós

Já não sei quem és
Já nã sei quem és para mim
Se não for demais, lembra-me de nós

...

Fazer-te Morrer

Deixar-me cair
Deixar, deixar
Para pousar
E voltar a voar

Deixar-te morrer
Só pelo prazer
De te ver morrer
Em mim

Deixar-te morrer
Só pelo prazer
De te ver desaparecer
De mim

Fazer-te sofrer
Só pelo prazer
De te ouvir gritar
Para te ferir ainda mais fundo
E prolongar cada segundo
Da dor que te faço provar

O caminho que segues nem tu o vês
Só eu sei que facas escolho para te atirar
Que estradas decido esburacar
Que momentos escolho para te envenenar

E tudo isto
Para te fazer morrer
Só pelo prazer
De te ver morrer
Em mim

Fazer-te sofrer
Só pelo prazer
De te esquecer
Por fim

Letters

Carta 1 - Angústia fodida. Às vezes sinto que te odeio, outras que te desprezo, por vezes acho que te amo mas no fundo fico sempre com dúvidas em até que ponto gosto de ti. Cada vez estou mais frio e a dar menos importância às coisas que a ti dizem respeito. Cada vez são mais frequentes os momentos em que me apetece dizer-te "vai-te foder" ou "vai gozar com o caralho". Cada vez dou menos valor ao que me dás, por mais sincero que seja o que me dás. Cada vez sinto mais que não mereces que desperdice os meus sentimentos, o meu tempo, as minhas palavras, os meus sonhos e os meus pensamentos contigo. Como se sentisse que não estás à altura. Que nunca fizeste realmente por merecer que te tratasse de forma especial. Como se a cada dia que passa perdesses a magia, perdesses o encanto e a imagem que tenho de ti se fosse degradando. Como se me desiludisses todos os dias. Cada vez me imagino menos contigo, como se começasse a ver em ti alguém que não faz sentido ao meu lado, alguém que não serve, alguém que já não encaixa na minha vida, alguém que não merece ocupar esse lugar especial. Tens uma capacidade incrível de me desiludir sempre que eu acho que tudo está a melhorar. Como se te desligasses de nós sempre que o "nós" faz mais sentido. Se antes me sentia um estúpido ao dar-te algo especial agora sinto-me um estúpido ao dar-te o que quer que seja de mim. Eu mereço melhor.

Carta 2 - Hoje pensei em ti de maneira diferente. Foi esquisito. Como que o despontar de algo em mim. Um interesse em conhecer mais a pessoa que és. Tenho gostado do que vi até agora mas está tudo muito fresco. Há muita coisa em ti que parece certa mas depois falta qualquer coisa. O "click" que faz a diferença. É como se existisse mas muito escondido. Como se esperasse que a porta abrisse. Mas e se nunca vier esse "click"? Só o tempo nos dirá. De qualquer forma quero descobrir. Quero descobrir o que há em ti e de que forma isso pode alterar o que há em mim. Quero descobrir-te e que me descubras também.

Carta 3 - Sinto-me preso algures em mim. Como se não me preenchesse. Como se eu fosse feito de vazio à excepção do pequeno lugar em mim onde me encontro enclausurado. Sinto-me um pedaço de mim. Sem liberdade de ser quem sou. Sinto-me desorientado e à deriva, sem saber que caminho percorrer. Como se nenhum me interessasse o suficiente. Como se precisasse de tirar umas férias longas e parar para reflectir sobre o que quero para a minha vida em todos os termos, de profissionais a sentimentais.

Carta 4 - Desculpa por todos os momentos em que te magoei. Desculpa se desisti se calhar sem me esforçar o suficiente. Desculpa se atirei ao lixo tanto tempo. Desculpa por tudo o que disse. Desculpa se, indirectamente ou não, contribuí para que te tornasses numa pessoa diferente. Desculpa se não te valorizei o suficiente. Eu compreendo o muro que criaste entre nós. Eu compreendo a distância. É esquisita a forma como, por mais que tentemos disfarçar, nos tornámos estranhos um ao outro. Como se eu fosse um corpo estranho na tua vida e tu na minha. As próprias recordações já me parecem estranhas, como se fossem recordações de uma vida que não a minha. Como se me lembrasse de tanto e ao mesmo tempo me esquecesse de tudo! Desejo-te o melhor. Tantas e tantas vezes me pergunto "e se tivesse sido tudo diferente?". Eu acredito em ti. Eu acredito que a pessoa que conheci vai voltar um dia. Sinceramente, acho que segues um caminho que não te vai levar a um sítio bom. Tenho um grande "feeling" de que é uma questão de tempo até tudo explodir novamente. Mas não te digo nada. Deixo-te seguir os caminhos sem interferir, já não tenho o direito nem o espaço de dar a minha opinião em relação à tua vida.

Carta 5 - Se há alguém que merecia tudo o que há em mim és tu. Por todas as horas a aturar-me. Por todos os convites para sair. Por todo o carinho. Por toda a motivação e força que me quiseste transmitir. Por toda a vontade de me integrar na tua vida. Por todo o esforço em me colocar no caminho certo. Obrigado. Sinto-me muito mal quando te ignoro apenas porque não me apetece falar contigo. Sinto-me mal sempre que rejeito os teus convites. Nunca te iludi e tu sabes disso. Mas sinto que não mereço tudo o que me dás, por mais que digas que o fazes simplesmente porque gostas de mim. Detesto receber sem dar e se me afasto, às vezes, é para não me sentir mal comigo mesmo por achar que não consigo dar-te um décimo do que me dás. Obrigado por tudo e desculpa-me.

Carta 6 - Ainda penso em ti muitas vezes. O "nosso" tempo já passou há muito e nem foi nada de especial mas há qualquer coisa que ficou. Sinceramente, acho que é algo sexual. Atracção. Desejo. Química que nunca chegou a esgotar-se. Vontade de te sugar o pescoço e as orelhas. De te tocar. De sentir o teu corpo nas minhas mãos. De sentir os teus lábios a percorrerem-me o corpo. De perder a cabeça e agir de forma completamente animal. De repetir momentos de loucura. E o que me aflige mais é que não vejo absolutamente mais nada em ti, tirando a nossa amizade. Nunca conseguiria viver ao teu lado. És somente um fogo que nunca se apagou completamente.

Carta 7 - Saber que existes é aperceber-me de como os sentimentos mudam e podem morrer por completo. Amei-te loucamente. Como se fosses a única mulher do mundo. Como se fosses perfeita. Nunca te beijei. Nunca partilhámos momentos significativos juntos. Destruiste-te e eu fugi antes que me levasses contigo. Dizias que eu era a única pessoa no mundo que te compreendia. Dizias que havia coisas que só conseguias falar comigo. Dizias que era a pessoa que mais admiravas no mundo. Dizias que pensavas constantemente em mim. E eu duvidava sempre do que dizias. Agora percebo que me protegeste. Me mandaste para longe para que não afundasse contigo. Impediste-me de te tentar ajudar e quiseste destruir-te sozinha, sem me levar também. Agora apercebo-me que afinal gostavas realmente de mim. Mais até do que o Amor que eu dizia sentir por ti. Com a tua morte impediste a minha. Devo-te tanto, tanto, tanto...