quarta-feira, setembro 26, 2007

Love this song...





NOUVELLE VAGUE
In A Manner Of Speaking
(feat. Camille)


In a Manner of speaking
I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing

In a manner of speaking
I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the way that I feel about you
Is beyond words

Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

In a manner of speaking
Semantics won't do
In this life that we live we only make do
And the way that we feel
Might have to be sacrificed

So in a manner of speaking
I just want to say
That just like you I should find a way
To tell you everything
By saying nothing.

Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

sexta-feira, setembro 21, 2007

Um gajo até fica a guiiiinchar

Eu felizmente sou um gajo que gosta de manter-se minimamente saúdavel e, como tal, não ligo muito a política. Mas há coisas que não dá para evitar, como é o caso da situação da Saúde em Portugal. Eu até não ligava muito a isso mas como trabalho na área parece bem fazer de conta que me importo. Toda a gente se queixa disto e daquilo, dos contratos, da precaridade, da falta de meios, etc, etc... Pois bem meus amigos, eu acho que nos devemos congratular e festejar pois perante o encerrar de tantos serviços e despedimentos de pessoal só se pode chegar a uma conclusão: há menos doentes em Portugal! Este governo está portanto de parabéns pois conseguiu em 2 anos fazer com que a população portuguesa se tornasse muito mais saudável! Eu por acaso já tinha notado que me tinha constipado menos este ano!

Ah e tal, falam de reformas disto e daquilo, de mais meios e o camandro. Mas não, este governo foi mais longe e teve uma ideia genial que foi, portanto, o tornar o pessoal mais saudável. Como o fizeram não sei. Desconfio que há para aqui mãozinha de extraterrestre... Poderes de outro mundo de que nós nem desconfiamos... Porém, também desconfio que isto possa ser alguma manobra da Nossa Senhora de Fátima. Pena é que já não tenhamos entre nós a Irmã Lúcia para nos esclarecer. Se o Benfica for campeão europeu, então aí não terei qualquer dúvida de que houve mesmo intervenção divina!

Em relação ao fecho das maternidades eu acho muito bem também. Sugiro até que houvesse só uma maternidade geral para o país todo, assim pouparíamos algum espaço no BI na parte que diz "Naturalidade" (como toda a gente nascia no mesmo sítio não havia necessidade desse item). Faço então o apelo ao governo que reflicta sobre a minha ideia pois desta forma poderão ser poupados milhares de litros de tinta de impressora (nos BI's) e tinta de esferográfica (nas vezes que temos que ser nós a escrever a naturalidade em impressos). Em relação ao pessoal que nasce em autoestradas eu tenho uma dúvida que ainda não consegui esclarecer: O que é que aparece na naturalidade desse pessoal? Quilómetro 47 da A1? Por favor, se alguém me souber esclarecer enviem-me mail ou mensagem pois ando numa angústia terrível.

No que concerne à saúde mental, área em que trabalho, é ideia do governo restituir os doentes mentais à sociedade. Como não há sistemas adequados de apoio na comunidade e em muitos casos nem sequer famílias preparadas para os re-aceitar, corre-se o risco de criarmos novos "sem-abrigo". Mais uma vez eu tive uma ideia genial e capaz de solucionar o problema. Como muitas vezes os profissionais de saúde são a única família desses doentes, por que não obrigar os profissionais de saúde (esses sacanas esbanjadores de dinheiro e causadores da desgraça a que chegou o Sistema Nacional de Saúde) a levar os doentes consigo para casa? Já estou a ver a promoção: "Ao adquirir um fantástico contrato de 1 ano leva também um doente psiquiátrico (oferta só nos hospitais aderentes)."

Aplaudi de pé, assobiei alto e até chorei de emoção quando o Ministro da Saúde afirmou que queria acabar com a precaridade dos contratos do pessoal e que por isso os antigos contratos de 3+3 meses (6 meses no total) deixariam de ser renovados. Posteriormente haveria concursos para oferta de contratos de 1 ano. Contratos esses fenomenais pois têm uma duração do dobro dos anteriores (ui Jesus, muuuuuuuuito mais tempo! Estes gajos perderam a cabeça! Oba oba!). Enquanto esses concursos não se resolvem (e alguns vão demorar meses pois são centenas ou milhares de candidatos) o pessoal vai indo para a rua por não renovação de contrato. Assim, sem dúvida que se acaba com a precaridade dos contratos! Ora nem mais! Mais vale estar na rua que com um contratozeco de 3+3 meses! Bravo sr. Ministro!

Havia muito mais para falar acerca da Saúde em Portugal mas só facto de ter reflectido este bocadinho já fez com que a garganta me doesse e eu não quero que me acusem de mariquinhas se ficar doente pois, como já se viu, um Português que se preze não fica doente!

Bónus:
Pensamento do Dia - Fala-se que com o degelo dos glaciares há o risco de parte da nossa pátria ficar submersa. Eu acho que com estes políticos corre sim o risco de ficar submerda! (créditos parciais ao meu Amigo Roxo)

terça-feira, setembro 04, 2007

Calabouço

Subjugados pelo desígnio egoísta de quem já tem tudo. Aliciados com sonhos vazios e dementes de uma vida que é sempre a dos outros. Marcados por planos incessantes que se sucedem e nos dão a ideia mentirosa de que a vida virá sempre a seguir.

Em rotinas de massas que visam unicamente uma uniformização fácil das vidas daqueles que existem para servir. Em dominós impuros e viciados que nos obrigam a seguir caminhos pré-definidos sem que nos apercebamos que o fazemos.

Tudo o que vemos são peças soltas de um puzzle que nunca veremos completo. Saboreamos verdades inquinadas em quantidades industriais. E por mais que gritemos somos abafados por todo um conjunto de vozes pagas para nos abafar.

Estamos presos numa liberdade de fachada. Presos por correntes invisíveis que nos vão sufocando com o passar do tempo. Presos nas ilusões que criaram para nos entreter. Somos reféns do sistema corrompido que criámos.

A liberdade está na fuga ou na morte.