Não me sai da cabeça o refrão da música Telepatia (“
E a sorrir devorámos o Mundo, num abraço tão profundo”). Acho que diz tanto, ou melhor, toca-me tanto. Tem duas palavras-chave: sorrir e abraço. Duas das coisas mais importantes do mundo. É tão bom sorrir. É tão bom abraçar. Então abraçar ao mesmo tempo que se sorri… Também gosto do “devorámos o Mundo”, é intenso, é forte. Devorar o mundo com um sorriso, abraçando-se… Um abraço é conforto, é ter a outra pessoa perto, agarrada a nós. É calor, é um gesto mágico de partilha de afecto. Sorrir é alegria. Sorrir por e para alguém então é maravilhoso. Só falta uma coisa: o beijar. Abraçar, sorrindo e beijar...
Ultimamente tenho-me debatido com pensamentos sobre o que realmente procuro em alguém. Há vários factores importantes. Á partida tem que haver uma certa química. Aquela vontade que nos impele para o outro. Tem que haver desejo, pulsão. Tem que haver aquela força que transforma os corpos em ímans, atraindo-se, querendo colar-se um ao outro. Isso é essencial, sem isso não vale a pena. Tem que haver paixão, amor, desejo, vontade!
Depois tem que haver confiança. Sem confiança qualquer relação nos torna incompletos e nos impede de sermos nós mesmos. E essa confiança não é só no outro, é em nós mesmos. Quando estou numa relação penso à partida que se a outra pessoa está comigo é porque realmente gosta de mim, se não gostasse estaria com outra pessoa. Não sou ciumento, embora ache que tem que haver um mínimo de ciúme saudável de ambas as partes, senão é desprendimento total. Mas esse ciúme saudável não implica falta de confiança, nada disso, é apenas uma forma de dizer que amamos mas sem controlar a outra pessoa. Detesto controles, pressões ou desconfianças. Não há nada como o diálogo aberto sobre as coisas. Só isso nos liberta e permite que sejamos nós mesmos. Não me imagino numa relação a andar constantemente a inventar desculpas para que a minha namorada não ficasse chateada, não me vejo a deixar sequer que ela me condicionasse fosse de que jeito fosse. Uma relação deve permitir a individualidade de ambos e permitir-lhes ser livres dentro dos limites óbvios de fidelidade. Se estou com alguém é porque realmente quero estar ali, se não quisesse simplesmente não estava. As relações não deve ser prisões, devem ser plataformas onde possamos ir buscar forças para ir superando os nossos problemas do dia-a-dia. Uma relação não deve ser nunca ela própria fonte de problemas, não faz sentido se o for.
Outra coisa importante e que está relacionada com a confiança é a segurança. Não pode haver dúvidas acerca do que se quer. É preciso que ambos se conheçam bem e saibam que o caminho que querem seguir é um caminho comum. Tem que haver vontade de fazer planos em comum. Tem que haver partilha de sentimentos, sem medo de se dizer “És tu quem eu quero. És tu quem eu Amo.”. Num relacionamento a pessoa tem que se sentir Amada, segura nessa relação. Não me veria nunca numa relação em que houvesse dúvidas, fosse de que lado fosse.
Cada vez me apercebo mais que procuro alguém que me faça sentir bem, que me faça sorrir e que me dê vontade de estar ali. Sentido de humor é requisito essencial. E que tenha vontade de brincar! Que me faça sentir criança em determinados momentos. É tão bom! Tem que ser alguém com quem eu me veja a envelhecer. Sim, porque uma relação que não seja para ser a longo prazo, mais vale nem existir. Por isso tem que ser alguém com quem seja agradável conversar, que seja carinhosa e compreensiva. Pois quando formos velhos isso será essencial, a companhia de alguém que nos ama e sabe como nos fazer sentir bem. Isto está relacionado com outro factor que é o ter que ser inteligente. Mais do que bonita, tem que ser inteligente. A beleza é passageira, a inteligência amadurece, não se perde. Tem que saber surpreender-me. Uma mulher inteligente é algo extremamente estimulante. :o)
Existem por aí milhares de mulheres que encaixavam neste perfil, mas as coisas não são assim tão lineares. Um dia terei novamente certezas e optarei por um caminho. Não sei quando nem com quem. É somente uma questão de tempo, de clarear ideias e sentimentos. Penso que às vezes até pode ser uma questão de arriscar. Arriscar ser feliz. Não sou muito de correr riscos mas neste campo cada vez tenho menos medo de arriscar…
Se tivesse que escolher uma prenda de Natal seria uma viagem a Paris (pelo meio 2 dias na Eurodisney) na companhia de alguém que tivesse as características que referi acima. Eu pago a viagem! lolol Mas teria que ser numa época mais quentinha. Um passeio a 2 pela cidade do Amor, hum… parece-me mesmo aliciante. E ser criança na Eurodisney… Quem sabe em 2006?
20/12/05