Há palavras que detesto. Seja pelo seu significado, seja pela sonoridade, seja pelo que representam para mim. Sempre que me lembrar deixarei aqui algumas palavras que detesto...
Bolsar - os bébés bolsam, é tipo arrotar mas com direito a molho. Detesto esta palavra desde que estagiei na maternidade. Até fico com pele de galinha quando a ouço.
Medo - ter medo é sofrer por antecipação. O medo faz parte das nossas estratégias defensivas. Mas há medos que detesto. O medo de tentar ou o medo de falhar não servem para nada. O medo do desconhecido é outro. Para quê ter medo se só vamos saber como será tentando, falhando, conhecendo, acertando, agindo?
Mecónio - também está relacionado com a maternidade. É o primeio poio da criança. Para festejar arranjaram-lhe um nome próprio: mecónio. Mete-me nojo esta palavra. Assim como "cócó". Fdx, não há nada como "poio", "cagalhão", "fax", entre outras definições bem mais bonitas para a palavra "merda".
"...inhos" - detesto os diminutivos. Detesto a infantilização das palavras, principalmente quando de infantis não têm nada. Acho que apanhei este trauma na Pediatria, onde o pessoal se referia a tudo com "inhos". Era "leitinho", "termometrozinho", "bébézinho", "senhor enfermeirinho", "está benzinho", "doentinho", entre muitos outros "inhos" que me faziam sentir uma raiva intrínseca e vontade de agarrar numa uzi e crivar de balas qualquer pessoa que utilizasse um diminutivo.
Stand ou Concessionário automóvel - não sei explicar porquê mas irritam-me estas palavras que se referem ao sítio onde compramos carros. Não faço ideia do porquê. Simplesmente irritam-me, metem-me nojo! Há quem diga "stander", isso até me faz rir mas "stand", ou pior ainda, "concessionário" metem-me nojo. Dá vontade de partir tudo.
Insegurança - detesto este sentimento. Corrói uma pessoa por dentro. É como um medo mas constante, pior que isso, uma soma de medos que com o tempo nos desgasta, nos deixa totalmente frágeis. Detesto, detesto, detesto.
Talvez - nem é carne nem é peixe. No fundo não é nada. Não diz nada. Não adianta de nada. "Talvez" só serve para formular uma hipótese, quanto muito.
Saudade - não gosto de ter saudades. Quando tenho é porque algo bom acabou, alguém está longe, alguma coisa nos falta. Ter saudades é sinal de que naquele preciso momento não podemos viver o que queríamos ou estar onde ou com quem queríamos. No entanto, há nesta palavra um sentimento que consegue ser muito bom. É tão bom ouvir as pessoas que nos são especiais dizerem que têm saudades nossas! Mas pronto, quando falo na palavra refiro-me à forma como ela me toca.
Morfar - irrita-me extremamente quando utilizam esta palavra para dizer "comer". Não sei explicar porquê. Irrita-me e pronto!
E por agora fico-me por estas. Quando me lembrar deixo mais algumas. Se quiserem são livres de deixar as vossas "palavras que detestam" nos comentários.