quinta-feira, junho 15, 2006

As palavras que eu detesto

Há palavras que detesto. Seja pelo seu significado, seja pela sonoridade, seja pelo que representam para mim. Sempre que me lembrar deixarei aqui algumas palavras que detesto...

Bolsar - os bébés bolsam, é tipo arrotar mas com direito a molho. Detesto esta palavra desde que estagiei na maternidade. Até fico com pele de galinha quando a ouço.

Medo - ter medo é sofrer por antecipação. O medo faz parte das nossas estratégias defensivas. Mas há medos que detesto. O medo de tentar ou o medo de falhar não servem para nada. O medo do desconhecido é outro. Para quê ter medo se só vamos saber como será tentando, falhando, conhecendo, acertando, agindo?

Mecónio - também está relacionado com a maternidade. É o primeio poio da criança. Para festejar arranjaram-lhe um nome próprio: mecónio. Mete-me nojo esta palavra. Assim como "cócó". Fdx, não há nada como "poio", "cagalhão", "fax", entre outras definições bem mais bonitas para a palavra "merda".

"...inhos" - detesto os diminutivos. Detesto a infantilização das palavras, principalmente quando de infantis não têm nada. Acho que apanhei este trauma na Pediatria, onde o pessoal se referia a tudo com "inhos". Era "leitinho", "termometrozinho", "bébézinho", "senhor enfermeirinho", "está benzinho", "doentinho", entre muitos outros "inhos" que me faziam sentir uma raiva intrínseca e vontade de agarrar numa uzi e crivar de balas qualquer pessoa que utilizasse um diminutivo.

Stand ou Concessionário automóvel - não sei explicar porquê mas irritam-me estas palavras que se referem ao sítio onde compramos carros. Não faço ideia do porquê. Simplesmente irritam-me, metem-me nojo! Há quem diga "stander", isso até me faz rir mas "stand", ou pior ainda, "concessionário" metem-me nojo. Dá vontade de partir tudo.

Insegurança - detesto este sentimento. Corrói uma pessoa por dentro. É como um medo mas constante, pior que isso, uma soma de medos que com o tempo nos desgasta, nos deixa totalmente frágeis. Detesto, detesto, detesto.

Talvez - nem é carne nem é peixe. No fundo não é nada. Não diz nada. Não adianta de nada. "Talvez" só serve para formular uma hipótese, quanto muito.

Saudade - não gosto de ter saudades. Quando tenho é porque algo bom acabou, alguém está longe, alguma coisa nos falta. Ter saudades é sinal de que naquele preciso momento não podemos viver o que queríamos ou estar onde ou com quem queríamos. No entanto, há nesta palavra um sentimento que consegue ser muito bom. É tão bom ouvir as pessoas que nos são especiais dizerem que têm saudades nossas! Mas pronto, quando falo na palavra refiro-me à forma como ela me toca.

Morfar - irrita-me extremamente quando utilizam esta palavra para dizer "comer". Não sei explicar porquê. Irrita-me e pronto!

E por agora fico-me por estas. Quando me lembrar deixo mais algumas. Se quiserem são livres de deixar as vossas "palavras que detestam" nos comentários.