domingo, fevereiro 19, 2006

A Morte que nos trazes...


A Morte que nos trazes

Insistes em manter toda a situação
Como que a ignorar os sonhos que te escapam da mão
E parece que os dias não são para viver
Passam por nós e nós parados a ver
Tudo o que é bom a deixar-se perder

Mas teimas em deixar passar o tempo que nos falta
Como que esquecendo que cada dia é mais um que nos mata
E parece que nada em nada em ti faz sentido
Deixas o futuro tornar-se esquecido
Quando vieres já terei partido

Se é para morrer que seja já assim
Deixar-te perder bem longe de mim
Se é para morrer que seja antes da loucura
Estar aqui é sofrer, é uma tortura

Matas-me com o bem que me fazes sentir
Matas-me com a forma como me fazes sorrir

Mas insistes em não ver que quanto mais perto estamos
Maior é o fosso que se cria entre nós
Vou voar para outro universo
Deixar-me cair num sonho disperso
E guardar para ti o último verso

Se é para morrer que seja já assim
Deixar-te perder bem longe de mim
Se é para morrer que seja antes da loucura
Estar aqui é sofrer, é uma tortura

Se é para morrer que seja já aqui
Ganhar asas e fugir para bem longe de ti
Se é para morrer que não doas mais em mim
Deixar perder e criar em nós um fim
Mas deixa ser assim
Deixa ser assim

Matas-me com o bem que me fazes sentir
Matas-me com a forma como me fazes sorrir

Cada segundo que passa e em que tu não fazes nada
É mais um motivo que me dás para me fazer à estrada
Cada mentira que vives e da qual não sais
É uma força que me dás para dizer: “Eu e tu? Nunca mais”