quinta-feira, outubro 18, 2007

Fazes muito mais que o Sol




Tiago Bettencourt - Canção Simples

Há qualquer coisa de leve na tua mão,
Qualquer coisa que aquece o coração.
Há qualquer coisa quente quando estás,
Qualquer coisa que prende e nos desfaz.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.

A forma dos teus braços sobre os meus,
O tempo dos meus olhos sobre os teus.
Desço nos teus ombros para provar
Tudo o que pediste para levar.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais...

Tens os raios fortes a queimar
Todo o gelo frio que construí.
Entras no meu sangue devagar
E eu a transbordar dentro de ti.

Tens os raios brancos como um rio,
Sou quem sai do escuro para te ver,
Tens os raios puros no luar,
Sou quem grita fundo para te ter.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais...

Quero ver as cores que tu vês
Para saber a dança que tu és.
Quero ser do vento que te faz.
Quero ser do espaço onde estás.

Deixa ser tão leve a tua mão,
Para ser tão simples a canção.
Deixa ser das flores o respirar
Para ser mais fácil te encontrar.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais...

Vem quebrar o medo, vem.
Saber se há depois
E sentir que somos dois,
Mas que juntos somos mais.

Quero ser razão para seres maior.
Quero te oferecer o meu melhor.
Quero ser razão para seres maior.
Quero te oferecer o meu melhor.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.

quarta-feira, outubro 17, 2007

"Educação" é com "Ç" ou com "SS"? :P


Após o grande sucesso que tive com o meu último texto (sobre a saúde em Portugal), achei que devia voltar a trazer até vós mais qualquer coisinha. O sucesso foi tal que tive que mudar de numero de telefone e passar a sair à rua disfarçado pois era só gajas a querer-me violar e, pior que isso, alguns gajos também! Queria também agradecer os inúmeros comentários, foram tantos que tive alguma dificuldade em contá-los. Felizmente recorri a uma empresa de contabilidade que me garantiu (após semanas de cálculos intensos e complexos) que desta vez atingimos quase 2 unidades de comentário, ou seja, houve uma pessoa que comentou e outra que quase quase o fazia. Perante este sucesso avassalador penso não ser desejo impossível de concretizar o alcançar os 2503383202302769612 comentários neste próximo texto, como até mais do que provável que isso aconteça. Prometo que farei o meu melhor para responder a todos mas tenho noção de que poderei não o conseguir fazer, tal o volume de comentários que chegam em cada minuto.

Devido ao facto de hoje me ter aparecido uma borbulha nova no ombro direito, decidi reflectir um pouco sobre o ensino em Portugal e a sociedade em geral. E pensam vocês "Epah, f**a-se! Lá vem este gajo falar de política". Mas nada disso meus caros, pois como poderia eu falar de política se em Portugal não há políticos mas sim gente que se governa?

Quando olho para o ensino actual, apercebo-me de que sou um gajo sem escrúpulos, desavergonhado e com maus instintos (a tal ponto que talvez mereça a pena de morte por ter tanta ruindade e maldade em mim). E isto porquê? Porque tenho dificuldade em entender a facilidade com que o pessoal passa de ano e chega à universidade muitas vezes a ler e a escrever pior que muitos analfabetos (e pensam vocês "ah e tal os analfabetos não sabem ler e escrever!"... ora nem mais!). Antigamente o pessoal que não tinha conhecimentos reprovava ou pelo menos tinha negativas. Hoje em dia não. "Coitadinhos". Não podemos traumatizar as crianças. É anti-pedagógico. A culpa não é das crianças, nem dos pais... é dos professores! Esses seres demoníacos que deviam era levar mais porrada e ter condições ainda mais precárias de emprego!

Assim, chegou-se a um estado tal em que é quase crime reprovar alguém. Aliás, o professor que o faça tem que justificar muito bem (um dia destes em tribunal certamente) por que o faz. E arrisca-se a levar porrada da família da pobre criancinha. E com razão! Eu por mim, professor que reprovasse alguém devia ser chicoteado em praça pública e indemnizar a criança. Ora esta!

Eu cheguei a pensar que andassem a fazer isto para aumentar as estatísticas de pessoal com o 12º ano a todo o custo, não se importando se o faziam com conhecimentos adquiridos ou não. Cheguei a pensar que isto seria apenas uma forma de podermos dizer aos nossos camaradas da Europa de que estamos a chegar aos níveis de escolaridade deles. Mas não... Esta política de super protecção e de passagem de ano obrigatória é que está certa. O problema... o problema está é no resto da vida! Sim. A vida fora da escola é que está errada. Porque fora da escola não há facilidades. Preparamos os jovens para a vida mostrando-lhes como ela é fácil (qualquer um passa de ano) e depois no fim eles têm que aprender como a vida é difícil às suas custas. Depois é que lhes são exigidos a competitividade, os conhecimentos, o estar preparado para as adversidades...

O que há a fazer então? É fácil meus caros... Basta aplicar os mesmos princípios da escola à sociedade. Ou seja: é proibido traumatizar as pessoas!Proponho as seguintes medidas:

- Pena de prisão para quem despedir alguém (é bem mais traumatizante que reprovar na escola, não?);

- Multa até 1000000€ para quem acabar (em termos de relacionamento) com outra pessoa (há pessoal que fica de tal modo traumatizado que até entra em depressão e se mata!);

- Castigo severo para quem tiver mau hálito (a mim traumatiza-me imenso o ter que cheirar) ou oferta de pastilhas/spray para o hálito;

- Nos concursos de emprego passa a ser recrutada toda a gente (para não corrermos o risco de traumatizar alguém que não seja seleccionada);

- Deixar de haver testes ou exames ou provas seja do que for ou, se houver, todos os alunos têm que ter "muito bom";

- Prisão e castração para os pais que derem nomes feios aos filhos;

- Nas equipas, de qualquer desporto, todos os jogadores têm de ser titulares, deixando de haver suplentes;

- Proibir as derrotas, sejam elas quais forem. A partir de agora só há vencedores;

- Plásticas de borla para quem for feio ou quiser mudar qualquer coisa no seu corpo por se sentir mal ou traumatizado;

- Proibição de qualquer tipo de doença. Metam essas sacanas na cadeia, é uma vergonha andarem aí a lixar a vida ao pessoal!

E pronto, a lista é demasiado extensa e eu estou a ficar traumatizado com o facto de ter que ir dormir. Ainda não me lembrei foi de um castigo de jeito para o pessoal que morre. Esses gajos traumatizam a família toda e ninguém faz nada? Têm que ser castigados!!!

E com mais esta diarreia mental me despeço. Até à próxima. Beijos e abraços. Gajas boas já sabem, deixem o vosso número de telemóvel nas mensagens e enviem foto de corpo inteiro (nuas ou em pelo menos em bikini - de frente e de costas) para o meu mail, serão contactadas mas aviso-vos já de que a lista de espera é bem maior do que a de qualquer intervenção cirúrgica em Portugal.

P.S. - Os meus conhecimentos de pedagogia e afins são quase bué de limitados. Por isso, se alguém se sentir traumatizado com as barbaridades que escrevi que venha ter comigo. Prometo pedir desculpa e dar uma palmadinha nas costas!

segunda-feira, outubro 15, 2007

Haunted Room




"Why?" is the million dollar question

They're coming
I can hear them whispering on the walls
They're spying me, everywhere
Watching my moves and listening to my phone calls

And my neighbour knows my thoughts
I can hear myself inside her head
They're all talking about me
They're all talking about me

Why?... Why?...
Why?... Why?...
Why?!

I can feel it in the way they look at me
The way they gaze like there's no one else in the world but only me
I think they've put a microchip below my skin
I haven't find it yet but I suspect it's in my shin
They're stalking me
They're stalking me

And the voices they rule the world
You got to run away or they'll catch you too
The voices rule the world
The hypnotic voices of your inner ghoul

Why?... Why?...
Why?... Why?...
Why?!

quinta-feira, outubro 11, 2007

Ate já

Tenho andado um bocado longe daqui. Não há uma razão específica mas talvez várias razões. Não sei se por falta de vontade ou inspiração ou até não aproveitar de oportunidades. A minha criatividade tem andado deslocada para outras coisas. Por vezes até estou para vir aqui deixar qualquer coisinha mas depois acabo por não aproveitar o momento e esvai-se tudo.

Talvez volte em breve...

Beijinhos e abraços

quarta-feira, setembro 26, 2007

Love this song...





NOUVELLE VAGUE
In A Manner Of Speaking
(feat. Camille)


In a Manner of speaking
I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing

In a manner of speaking
I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the way that I feel about you
Is beyond words

Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

In a manner of speaking
Semantics won't do
In this life that we live we only make do
And the way that we feel
Might have to be sacrificed

So in a manner of speaking
I just want to say
That just like you I should find a way
To tell you everything
By saying nothing.

Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

sexta-feira, setembro 21, 2007

Um gajo até fica a guiiiinchar

Eu felizmente sou um gajo que gosta de manter-se minimamente saúdavel e, como tal, não ligo muito a política. Mas há coisas que não dá para evitar, como é o caso da situação da Saúde em Portugal. Eu até não ligava muito a isso mas como trabalho na área parece bem fazer de conta que me importo. Toda a gente se queixa disto e daquilo, dos contratos, da precaridade, da falta de meios, etc, etc... Pois bem meus amigos, eu acho que nos devemos congratular e festejar pois perante o encerrar de tantos serviços e despedimentos de pessoal só se pode chegar a uma conclusão: há menos doentes em Portugal! Este governo está portanto de parabéns pois conseguiu em 2 anos fazer com que a população portuguesa se tornasse muito mais saudável! Eu por acaso já tinha notado que me tinha constipado menos este ano!

Ah e tal, falam de reformas disto e daquilo, de mais meios e o camandro. Mas não, este governo foi mais longe e teve uma ideia genial que foi, portanto, o tornar o pessoal mais saudável. Como o fizeram não sei. Desconfio que há para aqui mãozinha de extraterrestre... Poderes de outro mundo de que nós nem desconfiamos... Porém, também desconfio que isto possa ser alguma manobra da Nossa Senhora de Fátima. Pena é que já não tenhamos entre nós a Irmã Lúcia para nos esclarecer. Se o Benfica for campeão europeu, então aí não terei qualquer dúvida de que houve mesmo intervenção divina!

Em relação ao fecho das maternidades eu acho muito bem também. Sugiro até que houvesse só uma maternidade geral para o país todo, assim pouparíamos algum espaço no BI na parte que diz "Naturalidade" (como toda a gente nascia no mesmo sítio não havia necessidade desse item). Faço então o apelo ao governo que reflicta sobre a minha ideia pois desta forma poderão ser poupados milhares de litros de tinta de impressora (nos BI's) e tinta de esferográfica (nas vezes que temos que ser nós a escrever a naturalidade em impressos). Em relação ao pessoal que nasce em autoestradas eu tenho uma dúvida que ainda não consegui esclarecer: O que é que aparece na naturalidade desse pessoal? Quilómetro 47 da A1? Por favor, se alguém me souber esclarecer enviem-me mail ou mensagem pois ando numa angústia terrível.

No que concerne à saúde mental, área em que trabalho, é ideia do governo restituir os doentes mentais à sociedade. Como não há sistemas adequados de apoio na comunidade e em muitos casos nem sequer famílias preparadas para os re-aceitar, corre-se o risco de criarmos novos "sem-abrigo". Mais uma vez eu tive uma ideia genial e capaz de solucionar o problema. Como muitas vezes os profissionais de saúde são a única família desses doentes, por que não obrigar os profissionais de saúde (esses sacanas esbanjadores de dinheiro e causadores da desgraça a que chegou o Sistema Nacional de Saúde) a levar os doentes consigo para casa? Já estou a ver a promoção: "Ao adquirir um fantástico contrato de 1 ano leva também um doente psiquiátrico (oferta só nos hospitais aderentes)."

Aplaudi de pé, assobiei alto e até chorei de emoção quando o Ministro da Saúde afirmou que queria acabar com a precaridade dos contratos do pessoal e que por isso os antigos contratos de 3+3 meses (6 meses no total) deixariam de ser renovados. Posteriormente haveria concursos para oferta de contratos de 1 ano. Contratos esses fenomenais pois têm uma duração do dobro dos anteriores (ui Jesus, muuuuuuuuito mais tempo! Estes gajos perderam a cabeça! Oba oba!). Enquanto esses concursos não se resolvem (e alguns vão demorar meses pois são centenas ou milhares de candidatos) o pessoal vai indo para a rua por não renovação de contrato. Assim, sem dúvida que se acaba com a precaridade dos contratos! Ora nem mais! Mais vale estar na rua que com um contratozeco de 3+3 meses! Bravo sr. Ministro!

Havia muito mais para falar acerca da Saúde em Portugal mas só facto de ter reflectido este bocadinho já fez com que a garganta me doesse e eu não quero que me acusem de mariquinhas se ficar doente pois, como já se viu, um Português que se preze não fica doente!

Bónus:
Pensamento do Dia - Fala-se que com o degelo dos glaciares há o risco de parte da nossa pátria ficar submersa. Eu acho que com estes políticos corre sim o risco de ficar submerda! (créditos parciais ao meu Amigo Roxo)

terça-feira, setembro 04, 2007

Calabouço

Subjugados pelo desígnio egoísta de quem já tem tudo. Aliciados com sonhos vazios e dementes de uma vida que é sempre a dos outros. Marcados por planos incessantes que se sucedem e nos dão a ideia mentirosa de que a vida virá sempre a seguir.

Em rotinas de massas que visam unicamente uma uniformização fácil das vidas daqueles que existem para servir. Em dominós impuros e viciados que nos obrigam a seguir caminhos pré-definidos sem que nos apercebamos que o fazemos.

Tudo o que vemos são peças soltas de um puzzle que nunca veremos completo. Saboreamos verdades inquinadas em quantidades industriais. E por mais que gritemos somos abafados por todo um conjunto de vozes pagas para nos abafar.

Estamos presos numa liberdade de fachada. Presos por correntes invisíveis que nos vão sufocando com o passar do tempo. Presos nas ilusões que criaram para nos entreter. Somos reféns do sistema corrompido que criámos.

A liberdade está na fuga ou na morte.

terça-feira, agosto 28, 2007

Todos os dias me indigno

Vivemos num mundo que nos prende cada vez mais. Um mundo que nos faz adiar continuamente a vida. Somos escravos deste sistema imposto que nos obriga a pôr as questões relacionadas com trabalho e emprego sempre em primeiro lugar. Adiamos continuamente a vida, casamentos, filhos. Porque primeiro está a estabilidade económica e laboral. O problema é que essa estabilidade surge cada vez mais tarde, se é que vai surgir sequer para alguns de nós... Mais uma formação, mais um curso, mais umas horas a fazer não sei quê. Sempre mais alguma coisa que nos faz adiar o que realmente importa.

E trabalhamos, trabalhamos. Cada vez com menos condições e com a sensação que fazem passar de que já é uma sorte termos emprego. Isso irrita-me. Enerva-me solenemente quando me dizem "não te queixes que tens muita sorte em ter emprego sequer!". Como se ter emprego fosse um favor que me fizessem, como se por ter emprego tivesse que aceitar tudo e não devesse sequer manifestar-se. Como se quem me dá emprego fosse um deus a quem deveria orar todas as noites antes de dormir ou agradecer antes das refeições.

Mas mais que isto tudo, dá-me vómitos saber que existe quem aceite sujeitar-se às condições mais degradantes para ter um emprego. Vejo colegas meus a fazerem voluntariado em hospitais (na esperança de depois serem contratados) e pergunto-me se não virão que estão somente a ser usados pelo sistema e que em alguns casos é precisamente pelo facto de haver voluntários que não são contratadas mais pessoas. Será que não percebem que trabalhar sem serem pagos, sem terem quaisquer direitos é no fundo uma escravidão consentida? Para quê? Para depois ficarem atrás das cunhas nos concursos? Para conseguirem obter um contrato de 3 meses e depois irem para a rua?

Enoja-me esta politica de toda a gente ser dispensável apenas porque há mais gente para o lugar. A verdade é que esta não é uma política de mérito. Deixou de ser importante ser-se bom e passou a valorizar-se quem se cala, quem não luta pelos seus direitos, quem apoia o sistema nem que seja com o seu silêncio. Os direitos que temos são cada vez menos e nem o facto de estarem escritos em lei impede que sejam diariamente ignorados. Nunca me esquecerei de quando pedi o estatuto de trabalhador-estudante. Tencionava eu ter aquilo a que tinha direito por lei quando fui chamado, juntamente com os meus colegas, para falar com o director. Foi-nos dito que, como contratados, se quisessemos pedir o estatuto o poderiamos fazer mas que na altura da renovação dos contratos poderia não interessar à instituição fazê-lo uma vez que poderiam contratar para o nosso lugar enfermeiros que não estivessem a usufruir dessas regalias (redução de horário, horário compativel, dispensa para dias de exame, etc...). Fomos então "avisados" e demovidos a pedir algo a que temos direito por lei. Pensava eu que o que interessava aos serviços era pessoal com mais formação... Puro engano. O que interessa é pessoal barato e com o mínimo de regalias possivel. Se for mais formado, óptimo... desde que isso não traga qualquer encargo à instituição ou a instituição não tenha que ceder uma hora sequer para que esses profissionais se formem.

Estou farto de políticos. São uns mentirosos. A verdade é que há nas leis formas de incentivar as pessoas a se formarem, porém as leis não são seguidas. Há nas leis forma de acabar com a precaridade contratual pela qual passam (e se mantêm, sem fim à vista) os profissionais. Mas são os próprios ministros quem dá indicação e proíbe que essas soluções sejam usadas. Metade da minha equipa está a contrato e mesmo assim temos falta de pessoal e andamos sobrecarregados (a acumular horas que não são pagas e com um ratio de 1 enfermeiro para 30 doentes). Se somos precisos por que raio não hão-de dar-nos um vínculo estável à instituição? Simples... Porque em comparação com um colega de quadro eu tenho menos 6 dias úteis de férias (podendo chegar a 11 dias úteis caso os meus colegas tirem férias apenas em época baixa), não tenho subidas de escalão (o meu ordenado não é actualizável), não tenho direito a estatuto de trabalhador-estudante (tenho só em teoria) e o facto de estar a contrato mantém sobre mim a constante pressão de poder ficar sem emprego a qualquer momento mesmo que seja um profissional exemplar.

Estou farto destes governantes de merda. O dinheiro que é gasto em campanhas políticas, nos deslizes orçamentais das obras públicas, nas reformas absurdas de políticos e amigos, nas viagens dos políticos, nos desvios e corrupção das câmaras municipais... dava certamente para permitir aos jovens terem empregos e vidas estáveis, podendo preocuparem-se mais em viver e usufruir uma vida que é cada vez menos vivida.

Todos os dias me indigno.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Wolves and Sheeps

The pretty girl said
I love you but I don't want to be your wife
You're everything I've ever dreamed of
But I don't want to be your wife

And the fat man said
You are the best but we've hired someone else
There's no one who does it better
But we've hired someone else

So I look around
I feel there's something wrong
But I can't figure what
And I feel I must change
But I can't figure how

It's a crazy world this where we're living
It's a weird world we are living in

And the teacher said
I'm sorry but you've got to study harder
You're the best student I've ever had
But you've got to study harder

And the deaf girl said
I want to hear your voice
I can't hear a thing but
I want to hear your voice

So I ran away
I feel they're all insane
But I can't figure why
And I feel I gotta leave
But don't know where to

It's a crazy world this where we're living
It's a weird world we are living in

We are wolves and sheeps
We are weirdos and creeps
We are wolves and sheeps
We are weirdos and creeps

terça-feira, agosto 21, 2007

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

segunda-feira, agosto 20, 2007

Grande Hit



Saudades de ouvir isto em altos berros na Residência!

sexta-feira, agosto 17, 2007

KLW

E então eu falei-lhe do Amor Verdadeiro, da força que liga as almas. Contei-lhe os meus sonhos, de como quero envelhecer ao seu lado, da paz que espero um dia encontrar em nós, do meu desejo em ter filhos e netos e vê-los brincar, aprender, crescer... Falei-lhe das viagens que faríamos e dos passeios que daríamos à beira-mar, de maus dadas. Contei-lhe a história da nossa vida, os momentos que seriam só nossos. Mostrei-lhe a intensidade de um abraço de quem Ama e a sensação de voar em cada beijo. Limpei-lhe as lágrimas e agarrei-a firme para que nunca caísse.

E dormi ao lado dela. Todos os dias. Acariciando o seu cabelo e embalando-a num abraço de sonho.

Depois mostrei-lhe o que é Amar de pleno coração, sem duvidar, sem temer Amar, sem mentir e confiando nela como se confiasse em mim mesmo. Abri-lhe os olhos para visões do mundo que ela antes não via e contei-lhe os segredos da alma.

E ela abraçou-me. Prendeu-me a si como se não nos vissemos há mil reencarnações e houvesse em nós uma saudade sem fim.

Olhou-me nos olhos e disse: "You are so sweet and kind. I want to stay with you forever."


Todos os dias me sinto tentado a ir. Deixar tudo para trás e ir. Acreditar que não precisamos de nada mais do que um do outro.
Todos os dias sinto cada quilómetro que nos separa como uma lâmina que me dilacera em dor e desespero. O mundo é tão pequeno e ao mesmo tempo tão infinito.
Todos os dias desejo ter força para ir e poder confirmar se és tudo com que sempre sonhei.
Ajuda-me

quinta-feira, agosto 09, 2007

Everynight I feel like I'm...

Sleeping with Ghosts

Sleeping with Ghosts             Sleeping with Ghosts

Sleeping with Ghosts

Sleeping with Ghosts

Sleeping with Ghosts



Falta-me o ar...

Estou farto deste vazio de sentimentos que me assola. Farto de não conseguir retribuir sentimentos que têm por mim. Farto de não conseguir interessar-me ou desinteressar-me demasiado depressa. Farto de não conseguir imaginar-me ali para sempre. Farto que ponham em cima de mim a responsabilidade de ter que ser perfeito. Farto que me ponham num pedestal. Eu não sou perfeito, eu erro e preciso de sentir espaço para poder errar. Sem que me sinta pressionado a não errar. Sem que sinta essa pressão constante de ter medo de desiludir. Se há alturas em que os elogios são bem vindos, há outras em que se acumulam sobre nós como um terrível fardo.

Eu preciso de espaço. Preciso do espaço que é só meu e que não partilho com ninguém. Aflige-me o não poder estar sozinho, tanto ou mais do que o querer estar acompanhado e não poder. Preciso tanto do silêncio, da não obrigação de fazer o que quer que seja, de ter o momento só para mim. Eu preciso imenso de me sentir livre, sem fazer o que quer que seja por obrigação. Eu não sei funcionar à base de obrigações, eu não sei fazer as coisas sem ser por ter vontade de as fazer. Tudo o que assim não for, irá fazer com que sinta em mim um sentimento de falsidade, de falta de genuinidade. Eu não digo as coisas por dizer e se há coisa que me aflige é que o faça. Como se eu estivesse errado por não dizer coisas que não sinto, como se fosse culpado por não ter vontade de as dizer.

Falta-me o ar, sinto-me num cárcere.

terça-feira, agosto 07, 2007

Ad Maneana

Fechados nos dias
Lambendo as feridas infectadas da alma
Fluindo por entre venéreas orgias
Em busca da sensação que nos salva

Encarcerados nos espaços abertos
Em contínuos mergulhos para o nosso interior
Ouvindo os gritos de luz dos sonhos incertos
Na procura incessante de um alívio da dor

Um desejo, mais um
O de ser apenas uma onda neste mar que te afoga
Um desejo, mais um
O de provar somente uma gota deste mar que te afoga

As nossas palavras num constante rufar
De tambores que anunciam a felicidade
E os nossos gestos como um intenso trovejar
São batuques que ecoam pela cidade

Não esperamos pelo amanhã
Somos o amanhã
Fazemos o amanhã

Um desejo, mais um
O de ser mais do que uma onda nesta mar que te dá vida
Um desejo, mais um
O de provar a água toda deste mar que é a vida

domingo, agosto 05, 2007

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It's your age

It's my rage

It's your age

It's my rage