segunda-feira, abril 02, 2007


Guerra Santa

No labirinto das ruas escuras do mundo corre a notícia
São vozes escondidas que proclamam a transmutação
E já escorre pelas casas o odor inebriante da malícia
Morreu o Amor e os demais sentimentos proclamam
A Rebelião

…Sussurra-se aos gritos…

Em cada olhar um medo que brilha e se exalta
Como se a sensação de pavor faiscasse na retina
E em todos os corações um buraco, uma falta
Um explodir de vazio que a todos fascina

… Grita-se em silêncio…

As relações correm desorientadas à procura de abrigo
Na dor, no Medo, na Amizade, na Esperança
Mas em lugar algum se sentem livres de perigo
Pois agora “Amor” é somente o nome de uma lembrança

… Cega-se com visões…

Já não havia Espaço
Já não havia Tempo
A Ganância e a Loucura erguiam as armas da demência
Das civilizações em pleno auge de decadência

… Só se vê na cegueira…

E o fim da Guerra chegou
Morreu o último Humano
As máquinas tomam agora conta do que restou
Um espaço preenchido de vazio
Sem Sagrado ou Profano