sábado, novembro 05, 2005

Untitled 1

Sem título

Olhar sem querer ver. Apenas olhar. Para longe. Para perto dos sonhos. Pensar. Automaticamente, sem notar. Pensar e estar triste. Tristezas que me criam. Que preenchem o meu rosto. Procurar matar o que em mim quer viver. E para isso mentir com a verdade, apenas a verdade. Verdades que mentem... Amar como quem morre. Amar para morrer. Sem sonhar. Sem querer sonhar. Sonhar é morrer. Ver-te e perder-te em mil e sete lágrimas. Chorar. Expulsar o mar de mim através das lágrimas. Perder tudo. A vida. Os sonhos. O Amor... Que Amor? Como perder algo que não se tem? Que não se quer ter... Não quero mais. Como sempre. Perdi sempre. Para sempre. Medo. Medo de sentir o que quer que seja por quem quer que seja. Medo de voltar a morrer. E renascer... Para logo me matares. E na procura de vida, perder o sentido às palavras. Como quem veste a loucura por uns momentos. E magoar. Sem querer. Por azar. Por não saber não morrer. Mentir com um sorriso... Como hei-de sorrir sem mentir?
Solidão. Gritar até que o silêncio se cale. Mas ele grita sempre mais alto que eu. Estar só. Ser só. Eu e eu e eu e eu. Sem Amor. Sem sorrisos. Sem paz. Sem mar. Sem estrelas. Sem lua. Sem ti!!! Sem TI! Onde estás?! Onde perdi o teu nome? Como pude esquecer que vivias em mim? E o mar chora comigo... Perder o que nunca se teve dói muito. Sangue. O meu mar é de sangue! Nele chorou o meu coração. Coração ferido. Chagado. Só... Solidão. Gritante. Fatal. Triste.
Saudade. Memória que me mata. Não quero recordar. Não consigo esquecer. Por que te tornaste memória? Não quero ser Passado. Quero voltar a ser Presente. Mas sem errar. Estar certo. Bem. Feliz. Ter-te aqui. Comigo. Quereres estar aqui. Comigo. Quereres que eu esteja aqui. Contigo. E sorrir. Como quem respira. Sem esforço. Sem fazer força. Apenas naturalmente. Viver. Quero viver. Perto. De ti. Do mar. Das estrelas. Dos sonhos. E beijar-te. Para viver. Beijar-te com a Alma. Sem receio. Sem dúvidas. Sem dor. Voar. Levar-te nas asas dos sonhos. Até à Lua. Até onde quiseres ir. E não necessitar de recordar para voltar a ter-te comigo. Recordar e ter Saudade. Saudade tão forte. Tão dolorosa. Tão má. Não quero ter Saudade. Quero ter Amor. Sem ter Medo de Amar. Aceitar que Amo. Eu não Amo!!! Mas sinto que Amo... Não quero Amar!! Mas acho que preciso disso. Amo? Não Amo? Não Amo porque não quero Amar? Não Amo porque não quero aceitar que Amo? Ou não Amo mesmo? Que dúvida! Que dor! Que angústia. AMA-ME! Bolas! Ajuda-me a saber de vez o que me diz o Coração. Dá-me Amor. Carinho. Festinhas e beijinhos. Estou tão, tão só...
8/8/2000