quarta-feira, fevereiro 21, 2007

A máscara que ri em ti

Faz de conta que não vês
Que não sabes, que não lembras
Que não sentes a solução morrer
Prendida ao vício de não saber mudar

Quantos de mim vês?
E quantos de mim consegues ter?
Quantos em ti te conseguem levar
Aos sonhos que temeste sonhar?

Só hoje vi
Que metade de mim
É o triplo de ti

Só hoje vi
Que metade de mim
É o triplo de ti

Vivo para saber que não tiveste
Nem um décimo do que tinha para te dar
E rio ao voar, por saber que não viste
Um centésimo do que te quis mostrar

Quem te fez, quem te construiu
Foi a fábrica da minha invenção
E quando fechou, logo tudo em ti ruiu
Pois eras somente produto da imaginação

Só hoje vi
Que metade de mim
É o triplo de ti

Só hoje vi
Que metade de mim
É o triplo de ti

Em cada olhar uma faca
Que se crava na memória
E em cada memória
Um caminho que se esgota